Quarto no terceiro andar, remoinho de tira-roupa selvagem.
Século XXI
Guitarras altas metálicas e baterias de pedra, que
tanto o vento como as pessoas tocam para nós,
como tocavam para Pessoa, Almada-Negreiros e Eça.
O algodão pouco tempo tem e prestes vai entrar em combustão.
A madeira victoriana liberta seu cheiro vintage. Loucura.
Soltamos versos gritados de Caeiro e Reis, e frases de terror
animalesco de Dante e King.
Faltam-me as palavras, para a minha mão poder sonhar com
esse momento, e os meus ouvidos saborearem os teus
gritos lascivantes.
Baixa-Chiado: intemporal.
O mundo dentro duma cidade onde eu te amo desde amanhã,
para sempre."
Tiago Mendes
02/07/2010
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